quarta-feira, junho 09, 2010

Sobre amores e amores

Escrito por Naiara às quarta-feira, junho 09, 2010
 Jana Magalhães

 
Talvez eu não tenha de todo desistido do amor. Talvez eu tenha apenas adiado para que essa sensação volte a minha pessoa. Eu posso ter desacreditado na humanidade, mas ainda acredito nos meus amigos. 

Não é que eu não consiga amar ninguém, é só que eu não sou capaz de me convencer realmente de que isto que eu quero. Nem meus amores platônicos me parecem de efeito mais.

De meus amores platônicos, alguns eu guardo em lugares mais quentinhos em meu coraçãozinho de pedregulhos. Eu o lembro de quando o vi a primeira vez, assim como a segunda e a terceira. É estranho  para mim ter esse tipo de recordação ainda hoje, quando já se passaram uns 10 anos, e é justo de um amor platônico, já que eu não costumo me lembrar nem mesmo dos meus ex-namorados com algum tipo de nitidez. 

Eu estava voltando para casa, eu passo por ele, e eu tive certeza de que era alguem que eu poderia me interessar. Mas de amores a primeira vista eu também tenho uma bagagem bastante grande, e mesmo que eu descreva como estava o dia naquele fim de tarde, ainda sim, seria só alguem pelo qual eu me sentiria atraída no meu algue dos hormônios. 

A segunda vez que o vi foi em um caixa de uma padaria. Eu me sinto livre para escrever estas coisas porque eu realmente creio que mesmo que por grande azar ou sorte ele um dia chegue a ler isto aqui, ainda sim serão lembranças minhas, só minhas e me dou ao direito de revela-las quando os rostos que eu posso identificar só a minha memoria tem o retrato.
Naquele dia eu fiquei feliz por vê-lo, já que no meu interior significava que eu poderia repetir aquele tipo de encontro que na minha cabecinha cheia de imaginação, eram os mais lindos encontros casuais românticos.
Enfim, chega o momento da terceira vez em que o vi, e foi daí que comecei a apaixonar por ele gradualmente. Na terceira vez que o vi, não falarei aqui onde foi o local, para não deixar nenhum tipo de margem, eu pude naquele dia, mesmo que ele nem tenha sequer visto minha sombra, pude saber mais sobre aquela pessoa, ou pelo menos conheci alguem que um dia me daria algum tipo de informação descente sobre onde procurar.

Mal eu sabia naquele tempo que um romance platônico poderia entrar em minha vida de uma forma um pouco diferente da que eu imaginava, e muito menos as coisas se deslancharem da forma que foi acontecendo. Eu nunca tenho as coisas realmente importantes quando eu as realmente quero, ou quando eu acho que as quero realmente. É tudo uma questão de tempo que eu não consigo resolver sozinha, e acabo desistindo daquilo que eu achava importante para dar espaço para as necessidades. E foi mais ou menos assim que aconteceu. Eu posso não ter tido o que eu queria, mas não abri mão do que me era colocado no meus caminhos. Aceitei a situação.

O fato é: quando eu tenho um amor platônico, e eu zelo por ele, eu desejo do fundo de minha alma que ele seja eternamente assim, no meu mundo de ideias, onde só minhas ideias podem o tocar. 

Talvez eu continue não acreditando em amores reais, mas eu não abrirei dos pouquíssimo que eu ainda posso preservar, cuidar e regar dia após dia na minha cabecinha. E não seria esta uma forma bela de amar também? Onde tudo fica no subjetivo?

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