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Usando uma calça de moletom, reparando que as pernas precisam ser depiladas, com uma camisa de publicidade antiga, cabelos desarrumados e mal presos em um coque, sentada em uma cama, só com lençol, e ao lado de uma janela sentindo o vento entrar, mas estar com preguiça de ir pegar um agasalho. Ouvindo Antologia da Shakira, depois de ter arrumado as malas para ir embora para casa logo. Estranho como se muda o conceito de casa a favor de sua necessidade.
Ao meu lado um texto para decorar, e fazer algo com ele até o dia de amanha, quando uma especie de golpe por uma nota satisfatória e mediana eu possa adquirir. Não existe chocolates guardados no meu guarda roupa mais, não existe animo em minha pessoa, só um desejo enorme que o dia de amanha acabe logo e eu vá para Minha cama, Meu quarto, Minha estante, Minhas coisas que a muito tempo não vejo, Meus amigos.
Retirei a pouco as fotografias que estavam em uma parede e acabaram por aos poucos estragarem, levarei elas e trarei-as de volta, renovadas, em um álbum só meu, onde eu poderei sempre recordar as coisas que aqui, agora eu não aguento mais viver!
Pode ser que daqui um mês eu me arrependa e muito por toda essa expectativa, e por tudo que eu estou deixando para trás, mas se isso ocorrer, não posso me culpar, e a ninguém também, porque será apenas um sentimento vazio em relação a toda essa espera.