sexta-feira, maio 07, 2010

Dúvidas, e mais dúvidas

Escrito por Naiara às sexta-feira, maio 07, 2010
Eu posso estar errada, mas também posso estar muito certa disto tudo, então eu deixarei na duvida para mim mesma não cair nesta duvida que eu não quero cogitar.
Existem momentos que eu acredito que não sou eu a escrever, e sim uma especie de psicografia na qual eu sou só mais um instrumento para digitar o que alguem quer que escrever e não pode mais.
Porém eu não sou do tipo de pessoa que tem qualquer tipo de sensibilidade para espíritos, fantasmas ou mesmo sentir cargas negativas. Não sei se isto é bom ou ruim, e mais uma vez eu prefiro a duvida do que a certeza de que nem com os espíritos eu sou capaz de me relacionar.
Não é difícil encontrar alguem falando que Ouro Preto é uma cidade muito carregada, que ela tem todo esse peso de seculos acumulado nessa arquitetura, casas e que a “energia” do lugar não é uma das melhores. Para mim esta cidade é uma que eu pude ter a melhor e maior estória de amor que eu poderia presenciar, no mais tudo que eu ver sentir, no fundo eu estarei lembrando dos meus dias mais felizes e mais turbulentos também, cada esquina, poste, beco eu tenho uma historia para contar no qual eu estava do lado dele. E isto já se passou tempo o suficiente para esquecer uma grande parte delas, mas infelizmente ou felizmente, mais uma vez a dúvida, eu não sei informar o quanto delas ainda persistirá na minha memoria.
Até mesmo pensando na única vez em que me senti aberta a presenciar manifestações sobrenaturais, eu nunca saberei se eram verdadeiras ou frutos da minha imaginação que estava drogada demais para saber o que é real ou não. E para completar, era ele que estava ao meu lado!
Sempre uma duvida para levar meus dias. Eu penso que quando eu me formar e for de vez dessa cidade como será que esvaziará toda esta esperança que eu ainda carrego comigo ao caminhar por ruas na esperança de um dia, só mais uma vez re-encontrá-lo. Quando eu me for, tudo está acabado, toda essa agonia de pisar em algum lugar que pode ser comum a ele também, e ai, o que já não temos de contato algum, um dia será apenas memoria. Ai então, talvez eu cante que aquele beijo era mesmo o fim, e agora eu posso me lembrar tão bem daquele beijo que quase chego a querer-lo mais uma vez.

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